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Isto É denúncia (mais um) esquema de Romero Jucá (PMDB)


Os servidores do INPI realizaram em 2016, antes das Olimpíadas, uma série de protestos com o grito de guerra de “No Caju nem morto”, com o qual denunciavam a negociação entre o governo federal e a multinacional Tishman Speyer, que havia chegado a poucos anos no Brasil. Alguns destes trabalhadores, hoje, compõem a direção do SINDISEP/RJ e veem com preocupação os rumos do instituto.

O negócio olímpico consistia na entrega de uma série de imóveis públicos, em especial o edifício A Noite, sede histórica do INPI e localizado na recém-revitalizada Praça Mauá, seriam trocados por 5 andares em um elefante branco no Caju, para onde a autarquia seria transferida. O Port Corporate já estava, na época, a quase 2 anos desocupado e só no início de 2018 conseguiu algum inquilino, por estar fora da área beneficiada por intervenções urbanísticas.

Os servidores disseram não ao Caju e propuseram outras soluções, inclusive apontaram soluções para a reforma e reocupação do A Noite pelo próprio INPI. Como a história só prestigia a quem luta, os servidores foram vitoriosos e impediram aquele negócio desastroso. O trabalho elaborado por uma comissão independente de servidores, com alternativas para uma sede permanente do INPI, permanece engavetado pela direção do INPI...


Os motivos da proposta discutida no INPI, de transferir o órgão para o Caju, eram desconhecidos, parece que a última edição da revista Isto É pôs uma luz sobre esse assunto (edição nº 2527, de 25 de maio de 2018). O senador Romero Jucá, homem de confiança do golpista Michel Temer, ambos do PMDB, faz lobby da Tishman Speyer graças a sua influência na Secretaria de Patrimônio da União, SPU, para colocar a negociação de imóveis públicos a serem privatizados nas mão da multinacional.

“O que torna o negócio excelente são as polpudas comissões envolvidas. A empresa vencedora da licitação receberá uma comissão para operar o dinheiro que entrará. Ainda participará diretamente das operações de concessão e venda feitas através da aquisição de cotas para o caso de imóveis mais valiosos. Um exemplo é o do Edifício A Noite, que foi sede do jornal vespertino carioca existente até o final da década de 1950. O prédio não tem valor: está fechado com tapumes e em ruínas. Mas seu terreno é muito precioso. Fica em frente ao Museu do Amanhã, na área do centro histórico do Rio revitalizada por ocasião dos Jogos Olímpicos em 2016. O imóvel está avaliado em R$ 32 milhões.” https://istoe.com.br/o-esquema-imobiliario-de-juca/

Agora fica fácil entender porque queriam nos jogar no Port "elefante branco" Corporate em troca “apenas” do A Noite e alguns terrenos federais.

Porém uma lição importante deve ser lembrada: apenas a luta conquista! Foi a luta, a unidade e a indignação dos servidores do INPI que impediu que aquela negociata seguisse em frente. Agora, os agentes políticos de Brasília parecem buscar outra forma de entregar o A Noite para a Tishman Speyer, por isso nós do SINDISEP/RJ queremos retomar esta luta, em conjunto com outras entidades de trabalhadores, combatendo a dilapidação do patrimônio público e a venda do A Noite.

Venceremos!



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