A destruição do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista em um terrível incêndio, após décadas de descaso por parte do poder público, agravado pela Emenda Constitucional 95 e o congelamento de gastos públicos implementado pelo governo Temer, nada mais foi do que o reflexo direto da política das elites nacionais, mais preocupadas com o Louvre e os tesouros artísticos do velho mundo, do que com a riqueza e diversidade que temos em nosso próprio território.
Mas se os poderosos pouco ligam para a nossa história, milhões de trabalhadores e estudantes pensam diferente e se manifestaram em defesa do Museu e da cultura. Milhares foram as ruas na noite desta segunda-feira, dia 04 de setembro, para criticar a política de cortes sistemáticos nos gastos públicos.
Essas pessoas reunidas em um único sentimento de indignação são a síntese da sociedade brasileira que desperta para os reflexos mais claros do golpe de 2016. Reivindicam que o Estado cumpra seu papel de preservar a história nacional e questionam as prioridades dos governantes, mais alinhados com a ideia de transferir recursos públicos para banqueiros e especuladores, do que com a disponibilização de aparelhos culturais para o povo.
Mas em meio as cinzas desta tragédia, a indignação popular se faz presente, pulsante e pronta para desencadear uma mudança significativa nos rumos desse país, tornando-o de fato independente.
Até a vitória sempre!
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