Companheiras e companheiros:
O Sindisep-RJ esteve no ato unificado da campanha salarial dos servidores públicos federais, nesta terça-feira, 3 de outubro, em conjunto com os trabalhadores das estatais, que exigiam a reversão das privatizações, atividade que foi extremamente bem-sucedida, levando milhares de trabalhadores às ruas e à luta política.
A mobilização teve um caráter nacional com o importante ato em Brasília que teve como os principais objetivos o retorno da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), o reajuste salarial e a luta contra a Reforma Administrativa (PEC 32). Infelizmente, a ministra Esther Dweck se recusou a receber as representações do movimento sindical dos servidores, enviando o Secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Feijóo. O representante patronal disse que só em novembro haverá uma nova reunião da MNNP , mas não descartou a possibilidade da apresentação de alguma proposta.
Em São Paulo, a mobilização contou com a participação de trabalhadores de diversos setores do serviço público, conseguindo garantir a paralisação do serviço de metrô, empresa estatal, sob ameaça de privatização do governo do bolsonarista Tarcísio.
Queremos denunciar o ataque covarde de bolsonaristas às publicações do Sindisep-RJ que convocavam para o ato no Rio de Janeiro, proferindo várias ofensas e reproduzindo o discurso fascista e antisindical da extrema direita brasileira.
Sindisep-RJ no ato unificado.
O Sindisep-RJ atuou na construção desta grande manifestação aqui no centro do Rio de Janeiro, seja com recursos financeiros para o custeio das atividades, na produção de materiais e no impulsionamento de publicações e, principalmente, com a atuação política para a construção da ampla unidade, elemento indispensável para uma campanha salarial vitoriosa.
Construímos o movimento sindical em seu dia a dia, participando das numerosas lutas nos vários órgãos da administração pública federal. Por isso, participamos da condução do ato na Candelária em conjunto com outros sindicatos, ajudando a organizar o “bloco” de servidores(as) na Av. Rio Branco e contribuindo no processo de construção de unidade do movimento, que se dá a partir do respeito à pluralidade e diversidade de pensamento.
O ato unificado do serviço público federal e das estatais afirmou uma poderosa mensagem de independência de classe do movimento sindical ante a qualquer governo, a qualquer gestor público, pois não aceitamos qualquer forma de tutela ou interferência patronal! Somos nós, trabalhadoras e trabalhadores que fazemos o serviço público funcionar, não eles em seus gabinetes! Sabemos que essa vitoriosa atividade, isoladamente, é apenas o primeiro passo de uma longa jornada.
A única certeza que temos é que precisamos ampliar a mobilização para sensibilizar e pressionar o governo a recuar de sua posição intransigente de reajuste zero para 2024. Precisamos destravar as negociações gerais e as pautas específicas das diversas carreiras de nossa base, bem como, enterrar tanto a PEC32 quanto esse novo projeto de reforma administrativa que o governo está gestando no MGI.
Permaneceremos mobilizados, na luta por salários dignos, melhores condições de trabalho e combatendo toda forma de ataque que venha ameaçar nossos direitos!
Venceremos!