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1 de Maio: Dia do trabalhador e não do trabalho!


No dia Primeiro de Maio comemora-se o Dia do Trabalhador em vários países do mundo, inclusive no Brasil, onde é feriado nacional. A data foi estabelecida em 1889 pela Segunda Internacional Socialista, um congresso realizado em Paris que reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos de toda Europa. O dia 1º de maio foi escolhido como Dia do Trabalho como forma de assinalar e de lembrar as muitas e difíceis lutas que marcaram a história do movimento dos trabalhadores no mundo. A data é uma homenagem aos trabalhadores da cidade de Chicago que, nesse dia, em 1886, enfrentaram forte repressão policial por reivindicarem melhores condições de trabalho e uma jornada de oito horas. Nesse episódio, houve trabalhadores mortos e presos que, desde então, tornaram-se símbolo para todos os que desejavam se engajar na mesma luta.

No Brasil, a primeira greve geral ocorreu no início de julho de 1917, mesmo ano da Revolução Russa, tendo uma forte adesão dos trabalhadores e sendo dirigida por anarquistas e socialistas, muitos deles imigrantes europeus. A pauta continha reivindicações econômicas e políticas, sendo reflexo direto da conturbada conjuntura internacional resultante da I Guerra Mundial.


Greve de 1917 -  Protesto em São Paulo/SP

O Rio de Janeiro sempre esteve à frente das lutas do trabalhador por melhores condições de vida e trabalho. Na qualidade de Capital da República até 1960, aqui eram concentradas as principais atividades do Serviço Público Federal. Até hoje permanecem aqui as administrações de significativos órgãos públicos, a exemplo da Petrobrás. Se no início do século XX as principais reivindicações eram a jornada de oito horas de trabalho (quando se trabalhava de 10 a 12 horas por dia), a abolição do trabalho infantil (crianças de seis anos eram operários) e a proteção ao trabalho da mulher, entre outras, hoje a luta principal é contra o desmonte do serviço público, que é executado para beneficiar grandes corporações nacionais e internacionais interessadas na privatização total e terceirização de atividades de caráter estrito do Estado Nacional, notadamente aquelas em que as parcelas mais carentes da população brasileira jamais terão acesso quando tais serviços forem privatizados.

O Primeiro de Maio já ensinava às verdadeiras lideranças sindicais e políticas desde o século passado: não é dia de comemorar, mas de protestar e exigir direitos. Nenhum país, estado ou município funciona sem seu quadro de servidores públicos, responsáveis pelos diversos serviços colocados à disposição de todos. Não se constrói uma democracia e um país organizado sem que se atendam às necessidades e anseios da população. O servidor público é a expressão da nação que queremos construir.


Greve Geral de 28 de abril de 2017

O Brasil vive, mais uma vez, sob um golpe, e o movimento sindical precisa recuperar sua capacidade de ação e de reivindicação. O SINDISEP-RJ, nascido um século após a primeira greve geral da história do Brasil, conclama todos os servidores públicos federais no Rio de Janeiro a permanecermos juntos nas lutas contra esse governo ilegítimo que quer destruir o serviço público. As nossas lutas em 2017 mostraram o caminho: não dar tréguas a quem quer impedir o acesso da população aos seus direitos mais elementares de cidadania expressos na educação, saúde, segurança, cultura, moradia e tantos serviços que somente servidores comprometidos com o povo podem realizar. Em 2018, vamos manter as mobilizações e unidade com os movimentos populares.

Nenhum direito a menos

Sindicato é pra lutar!


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