Atos em São Conrado e no Aeroporto Santos Dumont desnudam a covardia do governo e de sua base de apoio parlamentar.
O combate à Reforma da Previdência de Bolsonaro e Paulo Guedes é, hoje, a principal tarefa dos movimentos de trabalhadores, uma vez que ela sintetiza com crueldade ímpar, o desrespeito a quem trabalhou a vida toda e sonha ter uma vida digna na velhice.
O combate a esta “reforma” (que na verdade é o fim da previdência social) deve se dar em todos os espaços possíveis, sendo indispensável pressionar o congresso nacional. Nesse sentido o Movimento Rio Contra a Reforma da Previdência, do qual o Sindisep.RJ participa, convocou duas atividades de rua, em razão da previsão (que se confirmou) de votação do relatório na Comissão Especial ainda esta semana.
A primeira, no dia 1 de julho, no calçadão da praia de São Conrado, em frente ao luxuoso condomínio de Rodrigo Maia, atual Presidente da Câmara e defensor da “reforma”, reuniu algumas importantes e representativas lideranças sindicais, pelo lado dos trabalhadores e, a mando do deputado, várias viaturas da PM, que ao invés de protegerem a população, faziam as vezes de seguranças patrimoniais dos muitos ricos, para incômodo dos próprios policiais, diga-se de passagem.
A segunda atividade, iniciou-se as 05h30 da manhã de 2 de julho e foi realizada no prédio de embarque do aeroporto Santos Dumont. Várias dezenas de trabalhadores estiveram lá para denunciar os ataques à previdência social. Parlamentares aliados ao governo, entravam escondidos por portas laterais, enquanto aqueles que se preocupam com o povo (Glauber Braga, Benedita da Silva, Paulo Ramos entre outros) eram saudados pelos manifestantes.
No aeroporto, mais uma vez estavam presentes equipes policiais, comandadas por um oficial que, em meio a uma crise de descontrole, discutiu com uma militante da FIST e a atacou com um jato de spray de pimenta no rosto a curta distância. Os sindicalistas presentes (e mesmo alguns policiais) tentaram acalmar a situação, porém o tenente foi irredutível e levou, sob protesto de todos, a jovem para a delegacia.
Mas o que essas duas atividades tem em comum, é a capacidade dos movimentos sindical e social abalarem o status quo, de forma que, mesmo ações que envolvem poucos militantes, cause pressão considerável ao já abalado e desacreditado sistema político, que agora se vende ante a promessa de liberação de R$ 40.000.000,00 em emendas para cada parlamentar que apoio o fim do direito a aposentadoria.
Assim, para nós do Sindisep.RJ e para diversas outras organizações, o caminho é claro: é a luta contra a reforma da previdência, sem acordões ou covardia. Tal decisão de ação é fundamental, em especial após a aprovação do relatório da comissão especial sobre a reforma, o qual é virulento contra o povo e especialmente cruel contra as mulheres trabalhadoras.
Vamos à luta, venceremos!
Não à Reforma da Previdência
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